No Torneio Internacional de Viana do Castelo, para além do seleccionador, tive a oportunidade de entrevistar o meu jogador de hóquei preferido. Muitas perguntas ficaram por fazer, mas a disponibilidade demonstrada para me responder a algumas, valeram por aquelas que não foram feitas.
O Sérgio Silva é um jogador com títulos importantes conquistados, quer a nível de clubes como de selecções. Espera juntar mais um no currículo, na Suiça?
Espero, até porque Portugal tem uma tradição no hóquei em patins e nós vamos para lá com essas aspirações. Sabemos que vai ser difícil, mas tudo faremos por trazer o título para Portugal.
O Sérgio e o Reinaldo Ventura são os jogadores mais experientes da selecção. Qual a vossa função em relação aos jovens da selecção?
Temos de tentar ajudar. É verdade que eu e o Reinaldo somos os mais velhos, como tal, somos aqueles que temos que dar mais experiência ao grupo e ajudar os mais jovens a integrarem-se neste importante grupo de trabalho que é a selecção nacional.
Em relação à penúltima edição da Liga dos Campeões, em que o Sérgio a conquistou ao serviço do Follonica, qual foi a sensação de vencer a final four, quando todos apontavam o F.C.Porto favorito devido à ausência do Barcelona?
É assim, eu não concordo que a equipa portuguesa fosse a favorita. O Barcelona não estava presente porque foi o Follonica que a eliminou na primeira fase. Em relação à vitória, foi sempre um sonho que eu persegui, apesar de algumas finais perdidas , e esta que ganhei, sendo em Portugal, teve um sabor especial. Jogar com o meu público que é o público português, independentemente de estar a defender uma equipa italiana, teve um sabor especial.
É verdade que esteve para assinar pelo F.C.Porto?
O que posso dizer é que surgiram contactos. Eu era um jogador livre, terminava o contrato com o Follonica, e os contactos existiram mas não foram levados a bom porto por várias razões que não vale a pena estar agora a referir. Era sempre uma grande opção, porque o Porto é uma das grandes equipas europeias e mundiais, voltava para o meu país, mas decidi ficar em Itália, onde estou muito bem e vou representar outra grande equipa.
Porque decidiu ficar em Itália, quando teve propostas de Espanha e Portugal?
Para já, a parte económica foi das condições mais importantes. Mas, estou bem em Itália, onde já estou à três anos e completamente adaptado, desde o clima, comida. Para além disso, fui sempre bem tratado e quando é assim não vale a pena mudar.
Quais são as principais diferenças entre o hóquei português e italiano?
Muitas, são muitas. O nosso hóquei é muito mais técnico e veloz em relação ao italiano. O hóquei italiano, neste momento, passa por uma fase de crise. Os jovens demoram a aparecer e os mais velhos são aqueles que ainda representam as melhores equipas. Praticamente, jovens não existem e, em termos de hóquei é muito mais parado. Gosto mais do nosso hóquei, o hóquei português é mais bonito.
Via com bons olhos um regresso a Portugal?
Via, tanto que a situação do Porto chegou a manter-se por algum tempo, mas agora assinei contrato com outra equipa por dois anos, portanto nesse período de tempo essa situação não acontecerá. Após esse tempo, logo se verá o que acontece. O futuro a Deus pertence.
Se pudesse escolher um clube para regressar qual era a sua opção?
Eu tenho um clube que foi meu durante oito anos, por quem nutro uma grande admiração, o Óquei de Barcelos. Sabemos que está a passar por um momento de crise e sabemos, também, que as equipas mais fortes são o Porto e o Benfica. Claro que, como estou habituado a ganhar e as minhas aspirações são essas, teria de assinar por um desses três.
Álvaro Gonçalves
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